Quase que me atrevo afirmar que somos um país do "Terceiro Mundo". Pior do que isso quando penso em todas estes processos de venda e parcerias das nossas empresas, de património nacional, ou de exploração de recursos energéticos.
Mas há outras alternativas para evitar o abismo a começar pela transparência dos actos dos nossos governantes. De se elegerem, não por campanhas ou por meios da mentira ou meias-verdades e serem colocados elementos competentes e responsáveis à frente dos Ministérios e a contratação de dedicados e honestos funcionários após sacanear os corruptos, oportunistas e incompetentes. Seguidamente processar-se a anulação de todos os acordos assinados anteriormente nos empréstimos e venda do nosso património para serem renegociados com clareza e boa fé. Levar aos tribunais todos os suspeitos de terem actuado de má fé, ou por interesses alheios, ou até de peculato.
O mesmo fez a Islândia há dois anos onde uma dezenas de administradores, ministros e banqueiros foram acusados destes crimes e estão sendo julgados e aquela pequena nação tem vindo a passos largos, desde então, a sair da bancarrota para onde foi atirada pelo governo anterior.
O amigo leitor não concorda? Ou será, como alguns que conheço, e que me rotulam também de "comunista"? Por acaso não o sou mas se o fosse com certeza que não era o mesmo de vigarista, ou até de criminoso ou coisa semelhante. Politicamente falando são opções que respeito religiosamente e nunca construo o perfil do meu interlocutor pelas cores políticas que enverga.
É que já não se pode ser nacionalista, ou mesmo patriota. Todos estes "bocadinhos" de património são "meus", ou melhor "NOSSOS", como portugueses que somos. Isto não é para se dar ou vender ao desbarato. É para preservar e passá-los para as gerações vindouras, aos meus filhos e netos.
O mesmo quero dizer também, dos estimados leitores.
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